Apreciação de riscos e adequação de máquinas e equipamentos
- tjmengenhariasite
- 2 de dez. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 19 de jan.
A apreciação de riscos é uma etapa crucial na adequação de máquinas e equipamentos à Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12), com o objetivo de garantir a segurança e atender às exigências normativas. Esse processo envolve identificar e quantificar os perigos, analisar os riscos e adotar as medidas corretivas. A experiência do profissional, juntamente com uma metodologia sólida, é fundamental para a efetividade do processo. A ABNT NBR ISO 12100:2013 orienta a apreciação de riscos, incluindo a determinação dos limites da máquina, identificação dos perigos e avaliação do risco. A quantificação dos riscos é feita com ferramentas como o HRN, que avaliam a frequência e gravidade dos riscos. Após as soluções de engenharia serem propostas, um plano de ação e cronograma são definidos. A validação das adequações é a última fase, garantindo que as medidas implementadas atendam à NR-12. A experiência do profissional é essencial para equilibrar prazos, custos e segurança durante todas as etapas do processo.

Falar sobre a apreciação de riscos é uma tarefa complexa, principalmente quando consideramos a profundidade do tema e a experiência do profissional responsável pelo processo. As etapas dessa atividade dependem diretamente da vivência prática do profissional e do método aplicado na análise dos perigos e riscos.
A experiência acumulada, aliada a uma metodologia sólida, pode resultar em uma abordagem disruptiva, que promove um ambiente de trabalho mais seguro, respeitando os prazos exigidos pelos órgãos reguladores e o custo de implantação.
Vale ressaltar as características essenciais para que o profissional realize o processo de apreciação de riscos da maneira mais assertiva possível:
Percepção de risco;
Experiência profissional nas áreas relacionadas à análise;
Conhecimento das normativas vigentes;
Metodologia para estratificação dos perigos e quantificação dos riscos;
Conhecimento do estado atual da técnica, a fim de sugerir soluções de engenharia para os riscos identificados;
Noções de gerenciamento de projetos, visto que a apreciação resultará em um plano de ação para adequações;
Noções de custo de adequação, considerando a importância de cumprir as normas sem comprometer a saúde financeira da empresa.
Mas afinal, o que é a apreciação de riscos?
A apreciação de riscos é uma etapa essencial no processo de adequação de máquinas e equipamentos à Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12) e normas correlatas. Trata-se de um processo que visa analisar, quantificar e adotar as ações necessárias para garantir a segurança das máquinas e o cumprimento das exigências normativas.
O objetivo deste artigo é apresentar uma visão geral do processo de apreciação de riscos e adequação de máquinas, com base na ABNT NBR ISO 12100:2013 (Segurança de Máquinas - Princípios Gerais de Projeto - Apreciação e Redução de Riscos). A norma define uma metodologia para garantir a segurança em projetos de máquinas, orientando projetistas a alcançar esse objetivo.
E o que diz a ABNT NBR ISO 12100:2013?
A norma estabelece alguns passos importantes para a realização da apreciação de riscos, como:
Determinação dos limites da máquina, considerando seu uso adequado, bem como formas de mau uso razoavelmente previsíveis;
Identificação dos perigos e situações perigosas associadas;
Estimativa do risco para cada perigo ou situação perigosa;
Avaliação do risco e tomada de decisão sobre a necessidade de redução dos riscos.
Mas como isso funciona na prática?
Inicialmente, é fundamental que o profissional legalmente habilitado tenha um conhecimento prévio do equipamento e do processo a ser avaliado, considerando aspectos como: desenhos e projetos, fontes de energia, documentações, procedimentos, normas aplicáveis, histórico de incidentes e acidentes, aspectos ergonômicos, entre outros.
Na fase de determinação dos limites da máquina, o projetista deve levar em conta os diferentes modos de operação, o uso da máquina e os níveis de treinamento necessários. No entanto, além dos limites da máquina, é preciso considerar também os limites de espaço e tempo.
Embora a NBR 12100 forneça diretrizes para o processo de apreciação, é crucial que o profissional tenha a experiência necessária para analisar os diversos contextos envolvidos.
Após determinar os limites da máquina, inicia-se a fase de identificação dos perigos. Nesse momento, o profissional precisa adotar uma abordagem abrangente, considerando a máquina e o processo como um todo. Dependendo das características do equipamento, é importante estratificar os perigos, separando-os, por exemplo, de acordo com a fonte de energia utilizada. Você sabe quais são as fontes de energia possíveis em um equipamento industrial? Além disso, é fundamental avaliar as interações da máquina com o ambiente onde está instalada, como ela interage com os operadores e com os equipamentos de movimentação?
Com todos os perigos mapeados, podemos então quantificar os riscos. Para isso, uma metodologia amplamente utilizada é a HRN (Hazard Rating Number), que quantifica o risco associado a cada perigo identificado. Essa metodologia leva em conta fatores como frequência de exposição, número de pessoas expostas ao risco, grau de possível lesão e probabilidade de ocorrência. Ela é uma ferramenta essencial que, além de quantificar os riscos, auxilia na priorização das ações de adequação. Quer saber mais? Em breve, publicaremos um artigo explicando como essa ferramenta funciona.
Após definir os níveis de HRN, o projetista deve sugerir, com base nas normativas vigentes, soluções adequadas para a redução dos riscos. Nesse ponto, a experiência do profissional faz toda a diferença! O desafio é: qual medida de engenharia pode reduzir o valor do HRN a níveis aceitáveis? Além de definir a melhor solução, é necessário equilibrá-la, considerando o melhor prazo e o menor custo! Desafiador, não?
Após a definição das soluções de engenharia, é possível elaborar um plano de ação e um cronograma de execução. Passa-se então para a fase de gestão de projetos, na qual as adequações físicas serão finalmente implementadas.
Porém, mesmo após a execução das adequações, ainda resta uma etapa importante: a validação dos sistemas de segurança. Nessa fase, um profissional legalmente habilitado deverá verificar todas as ações físicas, confrontando o que foi executado com o que estava previsto na apreciação de riscos. Somente após essa validação, podemos considerar que o equipamento está, de fato, em conformidade com a Norma Regulamentadora nº 12.
Quantas etapas, não é mesmo? Esta é uma visão simplificada do processo. Nos próximos artigos, iremos aprofundar alguns desses conceitos.
Se a sua empresa precisa realizar a apreciação de risco de equipamentos, entre em contato conosco!
Ficou com alguma dúvida ou gostaria de sugerir um tema? Envie-nos uma mensagem. Será um prazer atendê-lo!
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